A natureza não Diversificação da economia, procura-se
Não obstante o Tesouro Nacional ter arrecadado, no primeiro semestre de 2018, mais 60% de receitas fiscais do petróleo do que o previsto no OGE deste ano (mesmo com uma produção mais reduzida do que a permitida), mantém- -se a carência de divisas para as importações de equipamentos, peças, sobressalentes e matérias-primas. Produtos que alimentam e fortalecem a produção nacional e promovem o emprego, que, pela via da baixa dos preços, propiciaria o aumento do consumo e o "aquecimento" da economia. O mesmo acontece com a ausência do repatriamento de dividendos desde 2014.
A isenção ou redução de impostos alfandegários, por si só, muito pouco ou nada resolve, pois, como diz o adágio popular, "não se fazem omeletes sem ovos". Sem divisas como se poderão processar as importações?
Só os vendedores de medicamentos poderão continuar a importar. Para além de já beneficiarem de isenção de impostos aduaneiros na anterior pauta aduaneira, continuam a vender os medicamentos a preços proibitivos, muito acima do valor do câmbio do mercado paralelo, o que é um crime hediondo, pelas inúmeras mortes que a sua sede de lucro e irresponsabilidade acarretam e que não tem merecido a especial atenção dos órgãos de fiscalização competentes.
Por outro lado, a ligeiríssima descida das taxas de juro, numa economia em colapso como a nossa, é insignificante e insuficiente, com reflexos muito ténues na redução da taxa de inflação e no preço do crédito, que continua acima dos 20%. Até na maior economia do mundo, os Estados Unidos de América, o FED, após a recessão económica de 2007/2008, apenas começou a subir as taças de juro, em 0,25%, pela primeira vez, mais de oito anos depois, em Dezembro de 2016.
(Leia o artigo integral na edição 486 do Expansão, de sexta-feira 17 de Agosto de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)