"Ajuda" do FMI pode chegar aos 4,5 mil milhões USD com juros a metade dos 'eurobonds'
Além da entrada de dinheiro fresco a um custo mais baixo, analistas destacam que um acordo entre Luanda e Washington vai aumentar a credibilidade externa do País. Mas nem tudo são rosas. "O acordo deverá associar ao financiamento medidas de política que irão acentuar a recessão", alerta o empresário Lago de Carvalho.
O pedido de ajuda financeira de Angola ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pode envolver até 4,5 mil milhões USD, a uma taxa de juro máxima de 4%, menos de metade dos juros que o País paga pelas recentes emissões de "eurobonds", de acordo com as contas do Expansão.
Em cima da mesa volta a estar um Extended Fund Facility (EFF) ou Programa de Financiamento Ampliado (PFA) que o Governo havia solicitado em Abril de 2016 e desistido pouco mais de dois meses depois, em 30 de Junho.
Em comunicado publicado esta segunda-feira no site do Ministério das Finanças, o Executivo anunciou ter solicitado um ""ajustamento" ao programa de assistência Policy Coordination Instrument (PCI) que estava a negociar com o FMI, passando a PFA. "Tendo em conta a evolução económica mais recente e de modo a facilitar a implementação do Programa de Estabilização Macroeconómica e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, o Executivo solicitou o ajustamento do programa de apoio do FMI, adicionando- -se ao mesmo uma componente de financiamento", refere o comunicado.
O Executivo revela ainda que a taxa de crescimento do PIB real para este ano "tem- -se revelado mais moderada do que a esperada, reflectindo uma redução acentuada da produção de petróleo e de gás. Por esse motivo, espera-se um impacto negativo nas contas fiscais e externas e um aumento do défice da conta corrente".
(Leia o artigo integral na edição 487 do Expansão, de sexta-feira 24 de Agosto de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)