Receios "metem" crude acima dos 77 USD
Esta semana voltaram a intensificar-se os receios em relação a possíveis diminuições da oferta por parte dos países que fazem parte da OPEP. Envelhecimento dos poços petrolíferos angolanos preocupa investidores.
A semana em curso ficou marcada por anúncios de investimentos no sector petrolífero da América do Sul. Na Venezuela, a petrolífera estatal referiu que assinou um acordo de 430 milhões USD para incrementar a produção em 640 mil barris por dia (bpd). Já no Brasil, a norueguesa Equinor revelou ter planos de investir, nos próximos 12 anos, cerca de 15 mil milhões USD em petróleo, gás natural e energias renováveis. A petrolífera nórdica tenciona aumentar a produção diária, no país, de 90 mil barrels of oil equivalent (BoE) para o intervalo entre 300 e 500 mil BoE.
Entretanto, o petróleo valorizou nos mercados internacionais, estando actualmente a rondar os 77 USD. A matéria-prima beneficiou de greves nas plataformas do Mar do Norte e da redução dos stocks petrolíferos norte-americanos. Por outro lado, voltaram a intensificar- se os receios em relação a possíveis diminuições da oferta por parte da OPEP, com as mais recentes estimativas a situarem as exportações do Irão em 70 milhões de barris no mês de Agosto.
Estas representam o menor nível desde Abril de 2017 e um decréscimo, significativo, face ao expoente atingido em Abril deste ano (93 milhões bpd). Também a dar alento à preocupação dos investidores esteve a Reuters, que fez menção ao envelhecimento dos poços petrolíferos angolanos, que terão levado as exportações do corrente mês para o mais baixo nível desde Dezembro de 2006. (...)
*Banco Angolano de Investimentos
(Leia o artigo integral na edição 488 do Expansão, de sexta-feira 31 de Agosto de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)