África do Sul entra em recessão em clima de desconfiança geral
África do Sul saiu do estado de emoção, conhecido como "Ramaphoria", que se instalou no país após a queda de Jacob Zuma e a sua substituição por Cyril Ramaphosa. Sete meses depois de o novo Presidente tomar posse, o país entra oficialmente em recessão e a desconfiança toma conta dos empresários.
A economia da África do Sul entrou oficialmente em recessão, pela primeira vez, desde 2009, após dois trimestres de contração, um quadro económico que é agravado por dificuldades na arrecadação de receita fiscal.
A confiança dos empresários caiu para o nível mais baixo este ano, em parte por causa da incerteza causada pelas alterações à Constituição, de forma a acomodar a expropriação de terras agrícolas, na posse de fazendeiros brancos, e a nova lei do sector mineiro, que prevê a entrega de 30% do capital social das empresas a accionistas negros.
Uma semana depois de o instituto nacional de estatísticas confirmar a recessão, o ministro das Finanças, Nhalanhla Nene, reconheceu que a arrecadação de receita fiscal poderá ser menor do que previa o Governo. O Statistics South Africa (SSA) anunciou, no início de Setembro, a entrada em recessão, pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008-2009. Vários anúncios de recessão, nos últimos dois anos, não foram confirmados oficialmente. (...)
(Leia o artigo integral na edição 490 do Expansão, de sexta-feira 14 de Setembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)