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Angola

China mais cautelosa nos financiamentos só cede um quinto do valor pretendido

Viagem presidencial a Pequim

João Lourenço regressa da China com apenas 17% dos 11,7 mil milhões de financiamento pretendidos para investir em projectos e infra-estruturas. A China está hoje mais exigente no que toca a financiamentos a Angola e só quer apoiar projectos com sustentabilidade económica.

A linha de crédito de 2 mil milhões USD obtida pela equipa de João Lourenço na visita à China ficou aquém das expectativas do Governo, que há cerca de um mês estava a negociar uma linha de crédito de 11,7 mil milhões USD, negociações entretanto suspensas porque a China pretendia mais informações sobre os projectos a financiar.

Segundo fontes diplomáticas ouvidas pelo Expansão, este desfecho era já previsível, uma vez que o gigante asiático já tinha avisado sobre a sua postura mais rigorosa na abordagem aos projectos a financiar em Angola. Até porque, foi reconhecido por ambas as partes, que, no passado, os fundos postos à disposição da cooperação bilateral poderiam ter sido melhor utilizados.

"A relação do volume de fundos postos à nossa disposição, traduzidos hoje na dívida que temos para com a China, implicaria, em situação normal, resultados mais visíveis", disse o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, citado pelo Jornal de Angola.

No acto de abertura das conversações oficiais, João Lourenço ainda tentou persuadir o seu homólogo Xi Jinping, pedindo- -lhe "um voto de confiança", mas o Governo chinês não foi além dos 2 mil milhões USD, cerca de 17% do valor pretendido por Angola. A título de exemplo estes 2 mil milhões foi quanto custou o projecto de modernização do Caminho-de-Ferro de Benguela, implantado quando o gigante asiático abria os cordões à bolsa de forma mais expressiva. (...)

(Leia o artigo integral na edição 494 do Expansão, de sexta-feira 12 de Outubro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)