Detenção do presidente da Renault-Nissan entre a acusação de fraude fiscal e a teoria da conspiração
A detenção do empresário franco-brasileiro é encarada pelos principais jornais económicos como um travão ao plano de fusão financeira de Carlos Ghosn, que era do desagrado da Nissan.
O Conselho de Administração da Nissan afastou, esta quinta-feira, por unanimidade, Carlos Ghosn do cargo de presidente, três dias depois da sua detenção, em Tóquio, por suspeitas de fraude fiscal e depois de a Renault abster-se de demitir o executivo franco-brasileiro, antes de o construtor japonês divulgar pormenores sobre os alegados delitos cometidos.
Embora a aliança que deu origem ao "primeiro construtor automóvel mundial e a um dos maiores símbolos da cooperação industrial franco-nipónica não esteja em causa", como refere um comunicado conjunto dos governos francês e japonês, a detenção abriu brechas na união franco-nipónica.
Segundo a Reuters, com base em declarações de um executivo de topo da empresa em Tóquio, a Nissan quer mais influência nesta "união", porque a actual estrutura accionista não reflecte adequadamente o tamanho e as vendas globais da construtora japonesa, que "são 60% maiores do que as da Renault". (...)
(Leia o artigo integral na edição 500 do Expansão, de sexta-feira, dia 23 de Novembro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)