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Opinião

Um novo paradigma de cooperação económica entre Angola e a China?

Visto do CEIC

Logo após o fim da guerra civil em 2002, o Governo angolano viu a necessidade de apostar na reconstrução das principais infra- estruturas económicas e sociais para se poder lançar as bases para o crescimento económico e a melhoria das condições de vida dos cidadãos.

Tal processo de reconstrução nacional exigia enormes recursos financeiros que o País não tinha na altura. Foi neste momento que Angola se virou para a China, que se mostrou disponível para financiar o processo de reconstrução nacional e canalizar várias linhas de crédito para o efeito.

Desde 2002 até ao presente momento, várias infra-estruturas, como estradas, pontes, caminhos- de-ferro, portos, aeroportos, escolas e hospitais foram reconstruídas e construídas, grande parte financiada pelo empréstimo chinês e boa parte das obras realizadas também pelas empresas chinesas. Por exemplo, só em 2015, 70% dos valores provenientes do estrangeiro que financiaram os investimentos públicos tiveram como origem a China. Isto é fruto da cooperação bilateral entre os dois países e também pelo facto de Angola fazer parte do Fórum de Cooperação China - África (FOCAC) e do Fórum Macau que agrega os países lusófonos, ao nível multilateral.

A participação das empresas e dos trabalhadores chineses no sector da construção é claramente visível e reconhecida por muitos. Entretanto, a qualidade das obras é muitas vezes questionada, pelo facto de muitas delas não durarem o tempo esperado, quer em termos técnicos quer em termos económicos, como é o caso das estradas. Em menos de 3 anos, boa parte delas estava parcialmente ou mesmo inviabilizada para circulação. Tendo em conta a pouca durabilidade de algumas obras feitas pelas empresas chinesas, muitos põem em questão a qualidade dos seus produtos e muitos têm a ideia de que tudo o que vem da China é falso ou é de pouca qualidade, o que não é verdade. (...)


(Leia o artigo integral na edição 505 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Janeiro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)