Resultados de BPC, BE, BFA, BMA mais do que duplicaram
Económico viu os lucros dispararem quase doze vezes para 70,6 mil milhões Kz. BFA foi o campeão dos lucros com 175,1 mil milhões Kz, quase três vezes mais. Millennium Atlântico lucrou 27,2 mil milhões Kz, mais 14,3%. Já o banco público, líder de mercado por activos, viu os prejuízos recuarem 63% para 26,7 mil milhões Kz.
O Banco de Poupança e Crédito (BPC) reduziu em 63,5% os prejuízos para 26,7 mil milhões Kz em 2018 face aos -73,1 mil milhões registados em 2017, enquanto os lucros, em conjunto, do Banco de Fomento Angola (BFA), Banco Económico (BE) e Millennium Atlântico (BMA) dispararam de 98,9 mil milhões Kz para 272,9 mil milhões.
Contas feitas, o conjunto dos quatro bancos obteve um aumento de 118% nos resultados em 2018 face a 2017, mais cerca de 220 mil milhões Kz, de acordo com os balancetes trimestrais destas instituições bancárias.
O activo do BPC cresceu 13,2% para 2,1 bilhões Kz em relação aos 1,9 bilhões em 2017, enquanto o passivo cresceu 23,5% para 1,8 bilhões Kz face ao período homólogo em que se fixou nos 1,4 bilhões.
O banco nacional que mais sofreu com o crédito malparado no País fechou o ano passado com 953,7 mil milhões kz em crédito concedido, abaixo do total dos empréstimos concedidos no exercício anterior, de 1,1 mil milhões Kz. No final de 2017, o BPC tinha em crédito e juros vencidos um valor superior a 1 bilião Kz.
Trata-se então do terceiro exercício em que o BPC apresenta contas no "vermelho". O banco, que no âmbito do plano de reestruturação já fechou 74 agências e terminou 550 postos de trabalho, vai receber, este ano, 230 mil milhões Kz do Estado, por via de 180 mil milhões em injecção de capital e 50 mil milhões Kz através da venda de malparado à Recredit. Contas feitas, no final deste ano o BPC já recebeu 800 mil milhões Kz do Estado.
Entre os três dos cinco maiores bancos privados em activos que publicaram balancetes esta semana, o principal destaque vai para o Banco Económico cujos lucros passaram de 6,0 mil milhões Kz em 2017 para 70,6 mil milhões Kz em 2018, um crescimento de mais de 1 000%. (...)
(Leia o artigo integral na edição 512 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)