Verba é insuficiente para assegurar propina nas melhores universidades
Os candidatos às bolsas terão de ter média de licenciatura igual ou superior a 16 e serão sujeitos a um processo de selecção rigoroso, de sete fases, que será avaliado por um júri nacional, organizado por áreas ou domínios de formação. Engenharias, cursos tecnológicos e saúde são áreas prioritárias.
O programa de envio anual de 300 licenciados com "elevado desempenho e mérito académico" para "as melhores universidades do mundo" para cursos de mestrado e doutoramento foi aprovado por decreto presidencial, publicado no dia 22 de Fevereiro em Diário da República, mas a verba afectada poderá não ser suficiente para cobrir as propinas nas universidades que lideram os rankings das melhores pós-graduações.
O programa prevê a afectação de 11 mil milhões Kz, para assegurar a propina de 1 500 alunos nos cinco anos de vigência da bolsa, montante insuficiente se tivermos como base, por exemplo, o valor da propina paga pelo mestrado em Economia e Estratégia de Negócios, no Imperial College London, no Reino Unido, onde ingressou o angolano Marlon Martins, em 2016.
A propina paga nesse ano, para o programa de mestrado de os dois anos era de 26 mil libras, o equivalente na altura a 37,5 mil USD, quantia distante dos 20,5 mil USD por aluno previstos no programa de bolsas, anunciado pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, em Janeiro.
Aos 11 mil milhões Kz (o equivalente a 34,6 milhões USD), acresce um subsídio anual de mil USD por aluno, para o nível de doutoramento, e de 500 USD, no mestrado, para o desenvolvimento da investigação científica e participação em eventos científicos e para apresentação dos resultados da investigação, num montante global de 1 milhão USD nos cinco anos. (...)
(Leia o artigo integral na edição 513 do Expansão, de sexta-feira, dia 1 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)