Angola e Portugal vivem o melhor momento de "proximidade" económica
João Lourenço e Marcelo Rebelo de Sousa parecem ter colocado definitivamente uma "pedra na tensão" vivida entre os dois países, nos últimos anos de presidência de José Eduardo dos Santos. Nos discursos, ouviu-se o apelo ao resgate "do que de melhor foi vivido" e "estamos condenados a ser irmãos".
O clima nas relações entre Angola e Portugal é de grande satisfação, com os dois chefes de Estado a afirmarem-se empenhados em mostrar que os dois países estão numa "parceria estratégica segura", capaz de enfrentar os "imprevisíveis" políticos, económicos, financeiro e mundial.
Nesta quarta-feira, numa conferência de imprensa conjunta, que assinalou o início da visita de Estado do Presidente português a Angola, no jardim do Palácio da Cidade Alta, Marcelo Rebelo de Sousa classificou de "excelentes" as actuais relações bilaterais entre os dois países.
"Tudo isto só foi possível, porque houve uma fortíssima vontade política, houve o elevar do nosso relacionamento a uma parceria estratégica. Já não é só amizade, já não é só cooperação, é parceria", afirmou o Chefe de Estado português.
Já o Presidente anfitrião disse ter ficado com a impressão que os dois países esgotaram, praticamente, todos os domínios da cooperação bilateral. Segundo João Lourenço, este facto representa "uma vontade férrea de ambos os países se manterem de mãos dadas, cooperando nos mais diversos domínios em prol do desenvolvimento dos países, pelo bem-estar dos povos de Angola e de Portugal".
No final, ficou claro que os dois países enterraram o "irritante" gerado pelas investigações contra altas figuras angolanas e, mais recentemente, a Manuel Vicente, então "vice" do ex-Presidente Eduardo dos Santos. (...)
(Leia o artigo integral na edição 514 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)