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Angola

Marcelo em Angola numa lusofonia ameaçada

Opinião de Vítor Ramalho, Secretário-geral da UCCLA

A participação de Portugal na UE e o relacionamento com os Países de Língua Oficial Portuguesa são desígnios nacionais.

É útil ter presente esta dimensão na visita que o Presidente da República português inicia a Angola.

Portugal foi o único país que descolonizou após a queda de uma ditadura. A liberdade e a libertação foram aceleradas por essa queda numa luta comum.

Aliás, a maioria dos dirigentes dos movimentos de libertação formou-se politicamente em Portugal, na Casa dos Estudantes do Império, extinta pela PIDE.

Antes, o grito do Ipiranga do primogénito do rei de Portugal institucionalizou a independência do Brasil.

Com a Revolução do 25 de Abril, a Constituição de 1976 privilegiou o relacionamento com os países de língua portuguesa e institucionalizou a defesa da independência de Timor-Leste. A solidariedade, após o massacre no cemitério de Díli, fala por si.

O facto de as negociações de paz para Angola terem ocorrido em Portugal não são dissociáveis da história comum.

Depois veio uma comunidade de cidadãos do mundo, denominada de CPLP.

Sucede, porém que o mundo multipolar de hoje não é mais o do passado.

O corte de gerações, o desaparecimento de bibliotecas de memória de quem tomou parte nas lutas cúmplices contra a ditadura, as mudanças geopolíticas a que assistimos e o actual capitalismo de especulação financeira são realidades novas. (...)


(Leia o artigo integral na edição 514 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Março de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

*Secretário-geral da UCCLA