Liderança e a tomada de decisão
Um decisor tem sempre a tarefa ingrata (ou talvez não) de tomar a decisão. De tomar aquela decisão que será reconhecida como a melhor, mais segura, mais ousada, mais criativa! Ou, talvez, a decisão mais desastrosa, mais ridícula, mais desmotivadora... Há sempre esse risco, sim. Nunca se consegue agradar a todos. Mas as organizações necessitam de líderes que tomem decisões!
"Que decisão tão acertada e sábia que ele tomou naquele momento, foi crucial!"
"Que sucesso, a decisão que tomou permitiu-nos liderar o nosso negócio!"
"Afinal, a decisão foi tomada por quem?"
"Porque é que foi tomada uma decisão tão impopular?"
"Estava-se mesmo a ver que ia ser um desastre!..."
Já ouviram ou se calhar até já disseram algumas destas afirmações? E ao fazê-lo, normalmente, pensam nas hierarquias directas, nos chefes, nos líderes... E, provavelmente, dizem- -no a qualquer um que vos ouça e dizem-no sem qualquer pudor, sem reflectirem sobre a afirmação, simplesmente comentando que a "tomada de decisão" teve um resultado positivo ou simplesmente negativo. Essa facilidade advém, simplesmente, do facto de se imputar toda a responsabilidade a terceiros, ou seja, afinal foram eles que tomaram a decisão.
É sempre preferível atribuir a responsabilidade ao líder. Mas quem faz/fez as afirmações possui toda a informação necessária para realizar tais observações? Qual o seu papel e envolvimento nestas tomadas de decisão? Ou quanto contribuiu para a tomada de decisão?
De facto, fazer as afirmações supra é bastante fácil, mas e se for você o (a) líder como agiria e tomaria a decisão?
De forma estruturada, organizada, planeada, discutida? Com uma estratégia? Ou, simplesmente, toma decisões por emoção, por impulso, pelo momento? E como se sente após tomar essa decisão? São as decisões que ditam potenciais sucessos e insucessos.
São as decisões que afectam o rumo de um serviço, de um produto, de um negócio e que se podem tornar históricas. É também um percurso e uma longa jornada, muitas vezes, solitária, mas que pode afectar ou impactar a vida de milhares, senão de milhões de outras pessoas. (...)
(Leia o artigo integral na edição 521 do Expansão, de quarta-feira, dia 26 de Abril de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)