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Quénia e Etiópia tiram Angola do pódio das maiores economias

ÁFRICA E NIGÉRIA COM CRESCIMENTO ANÉMICO NA ÁFRICA SUBSAARIANA

A unidade de análise da agência de informação financeira Bloomberg antecipa uma revisão em baixa de 11% ao PIB nominal angolano em moeda local, em 2019, com a desvalorização do Kz, permitindo que o Quénia e a Etiópia subam dois lugares e com a economia de Angola a ser relegada para a 5.ª posição na África Subsaariana.

O Quénia e a Etiópia ameaçam a permanência de Angola no pódio das maiores economias de África Subsaariana, liderado pela África do Sul e Nigéria, segundo a unidade de análise da agência de informação financeira Bloomberg, que antecipa um trambolhão para o quinto lugar até 2022, caso a desvalorização do Kz face ao USD continue a ser uma realidade em 2019, como é desejável "para equilibrar a balança corrente e devido às baixas receitas petrolíferas".

Enquanto a economia angolana se vai debater para "evitar outro abrandamento económico este ano devido ao declínio da produção de petróleo", como refere o analista Mark Bohlund, o Quénia e a Etiópia consolidam o seu crescimento, com taxas crescimento de 5,8% e 7,7%, em 2019, respectivamente, com tendência a subir de posições e a roubar dois lugares a Angola.

África do Sul e a Nigéria permanecerão com um crescimento "anémico no curto prazo", com taxas de crescimento de 1,2% e 2,1%, em 2019, e com as incertezas de política a serem sinalizadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como motivo de preocupação para as duas economias.

A Bloomberg converge, na sua análise, com o FMI, que destaca também o desempenho económico do Gana, ao considerar que a economia daquele país é a que terá um crescimento mais rápido do mundo em 2019, com uma taxa de 8,8%.

O Gana está a apostar na industrialização, introduziu políticas que visam melhorar a eficiência económica e conter os riscos orçamentais das empresas públicas e, em matéria de política monetária, aumentou a flexibilidade da taxa de câmbio real, para depreciar a sua moeda, como fez Angola.

Mas, ao contrário do Gana, que estabilizou a sua moeda face ao dólar, a Bloomberg espera que "as autoridades deixem o kwanza depreciar-se ainda mais, num esforço para equilibrar a balança corrente e devido às baixas receitas petrolíferas", o que obriga a uma revisão do PIB nominal. (...)



(Leia o artigo integral na edição 522 do Expansão, de quarta-feira, dia 3 de Maio de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)