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Empresas & Mercados

Maioria das empresas têm que ser reestruturadas antes da venda

ENSA ARRANCA À FRENTE NAS PRIVATIZAÇÕES EM BOLSA

Já há uma lista das empresas de referência que poderão entrar em bolsa e a maioria vai precisar de se adequar aos requisitos legais para privatização por via deste mercado, o que deverá "empurrar" o início da venda apenas para o próximo ano. Ensa é a única empresa do SEP pronta a avançar, apurou o Expansão.

O Governo já tem uma lista provisória de 32 empresas de referência que poderão arrancar com o processo de privatização em bolsa, mas a maioria terá ainda que ser reestruturada de forma a cumprir com os requisitos obrigatórios e apenas a Ensa deverá ter condições para avançar já, apurou o Expansão junto de várias fontes ligadas ao processo.

O Executivo avança neste momento para uma segunda análise que vai determinar quais das 190 empresas que fazem parte da esfera pública (entre empresas de capital maioritariamente público e participadas) serão alienadas via Bolsa e quais "descem" ao grupo que segue para concurso público.

"Há empresas que são demasiado pequenas para serem vendidas em bolsa. As que podem entrar na bolsa, grande parte vai precisar adequar-se, ou por via de saneamento financeiro (Injecção de Capital) ou a nível de outros requisitos às exigências do regulador do mercado regulamentado [CMC]", admite uma das fontes.

Ou seja, este processo de apuramento da real situação das empresas e, posteriormente, de reestruturações, deverá empurrar a maioria das privatizações em Bolsa para fora de 2019. Aliás, esta é até uma das expectativas de alguns técnicos envolvidos no processo, que se sentem "pressionados" pelo discurso oficial de que este processo é para arrancar o mais rapidamente possível. "Corre-se o risco de esta celeridade toda retirar credibilidade não só ao processo mas também às empresas que têm que ser reestruturadas para tornarem-se atractivas aos olhos dos investidores", admite um dos técnicos.

Obedecendo às condições exigidas para a dispersão em bolsa vários técnicos envolvidos no processo concordam que a Ensa será, nesta altura, a única empresa pública pronta a avançar para o processo de privatização em Bolsa. Até porque, segundo apurou o Expansão junto de várias fontes do Governo, as empresas de capital maioritariamente público do sector financeiro são as que estão melhor posicionadas junto do Governo para dar início a este processo. (...)


(Leia o artigo integral na edição 531 do Expansão, de sexta-feira, dia 5 de Julho de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)