Agricultura, comunicações, educação e empresas financeiras no topo da lista
A Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), especializada no financiamento ao sector privado, acertou um financiamento de 100 milhões USD ao Millennium Atlântico, para crédito às PME e uma linha de apoio a transacções de comércio internacional. Mas vêm aí mais milhões.
Em entrevista ao Expansão, Manuel Reyes-Retana, director Regional da IFC para África e o Médio Oriente, diz ao que vem e espera que este acordo seja um catalisador para que mais bancos do País se concentrem em aumentar o crédito ao sector privado. Organismo vai instalar-se em Luanda.
Qual é actualmente o volume da carteira de financiamentos da IFC a privados angolanos?
A carteira de investimentos da IFC em Angola é de 76 milhões USD, dos quais 100% são para entidades do sector privado.
Faz sentido aumentar esse volume para níveis semelhantes aos da Nigéria, de 2 mil milhões?
Angola é a terceira maior economia em África, com grande potencial de desenvolvimento em vários sectores, como infra-estrutura, agricultura e manufactura. O investimento estrangeiro tem estado ausente, com excepção do sector petrolífero, e acreditamos que existem oportunidades que os investidores estão a começar a explorar e que têm o potencial de trazer uma nova fase de desenvolvimento económico para o País.
Que avaliação faz ao sector empresarial privado em Angola?
É pequeno e é muito concentrado em poucos sectores, e acreditamos que isso também cria oportunidades de investimento. Em particular, o sector das PME (pequenas e médias empresas) é pequeno e dominado por empresas informais, contudo representa uma importante fonte de emprego potencial, especialmente para a população jovem. E apoiar o acesso financeiro para as PME em Angola é uma prioridade para a IFC.
Quais as áreas que vão merecer maior apoio por parte da IFC?
A IFC buscará oportunidades de investimento e consultoria para expandir o seu alcance em Angola em vários sectores, incluindo: instituições financeiras, infra-estrutura, agricultura, comunicações e educação.
Há valores máximos de financiamento a uma empresa?
Os investimentos são dimensionados para o tamanho do balanço, necessidades e capacidade de pagamento dos nossos clientes parceiros. (...)
(Leia a entrevista integral na edição 532 do Expansão, de sexta-feira, dia 12 de Julho de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)