Filipe Nyusi à frente, com 72% dos votos contados,afasta cenário de segunda volta nas presidenciais
A manutenção da Frelimo no poder em Moçambique assegura a continuidade do processo de renegociação da dívida e os projectos de gás natural, registam os analistas económicos.
O actual Presidente Filipe Nyusi, com 72%, está à frente na contagem dos votos das eleições gerais de terça-feira, em Moçambique, que as missões de observação internacionais classificam de "pacíficas e transparentes". Os resultados preliminares afastam a possibilidade de uma segunda volta e garantem a continuidade da Frelimo no poder, assegurando ao mesmo tempo a continuidade dos projectos de gás natural, a reestruturação da dívida soberana e uma "recuperação económica modesta", estimada pelo FMI em 1,8%, o mais baixo deste século, acelerando para os 6% em 2020.
Em segundo lugar, com 21% dos votos contabilizados, ficou o candidato da Renamo, o principal partido da oposição, liderado por Ossufe Momade, que assumiu a liderança em Maio de 2018, após a morte de Afonso Dhlakama. Em terceiro, com 5,8%, ficou Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). O apuramento parcial dos resultados nas 20.570 mesas de voto ficou concluído quarta-feira e a Comissão Nacional Eleitoral tem até ao dia 30 de Outubro para publicar os resultados finais.
À parte dois mortos e 89 detenções, incidentes que não colocam em causa a "integridade da votação", as missões de observação internacionais declararam que as eleições foram pacíficas e transparentes. Apesar da avaliação positiva, a missão da União Africana, liderada pelo ex-Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, manifestou-se preocupada com discrepâncias entre o número de boletins de voto e o número de votantes registados em algumas assembleias de votos. Jonathan deu ainda nota da exclusão de observadores (...)
(Leia o artigo integral na edição 546 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Outubro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)