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Empresas & Mercados

Casas de câmbio aguardam nova 'limpeza' no sector com a desistência de vários operadores

CRISE FINANCEIRA E CAMBIAL CONTINUA A ASFIXIAR MERCADO

Depois da revogação da licença de seis operadores em Julho, associação das casas de câmbio antevê outra "varredura" no sector. Desta vez são os próprios accionistas a desistirem do negócio.

A Associação das Casas de Câmbio de Angola (ACCA) admite que várias instituições que representa vão deixar de operar até ao final do ano, devido às dificuldades para aceder a moeda estrangeira.

Em resposta ao Expansão, a ACCA não avança quantas empresas deverão saltar da lista de operadores do câmbio, mas adianta que a maioria tem menos de quatro anos de actividade. Ou seja, são novas no mercado e lançaram-se na actividade já no calor da crise financeira e cambial. Outras, mais antigas mas em menor número, também não escapam à crise do sector.

Da última vez que o BNA anunciou a retirada de licença a empresas de câmbio, em Julho, justificou a actuação com a "inactividade por período superior a 6 meses" dos agentes. A medida abrangia seis casas de câmbio e uma cooperativa de microcrédito, nomeadamente a Dias & Poeira, a Expresso, a Global, a Kétsia, a Nevisa, a Ponto Câmbios e a Rede Crédito - Cooperativa de Crédito.

Desta vez, são os próprios accionistas que têm a iniciativa de encerrar os negócios, apurou o Expansão.

Há três anos que estes operadores foram impedidos de comprar moeda estrangeira por via dos leilões de divisas do banco central. Desde então, as casas de câmbio passaram a comprar divisas aos bancos e clientes diversos. Só que, numa altura em que os bancos canalizavam divisas mais para processos de importação de bens, segundo alguns operadores, essa modalidade fragilizou as pequenas empresas de câmbio.

Actualmente o sector comporta 71 casas de câmbio, 45 autorizadas a exercerem actividades de remessas de valores, 24 são sociedades de microcrédito, três são cooperativas de créditos e 15 são sociedades de remessas de valores.

Questionada se as novas normas do BNA não ajudam a travar a desistência destes operadores, sobretudo a da liberalização do mercado, uma fonte do sector considera que a "medida é boa mas é tardia". "O que BNA fez agora nós esperávamos há já algum tempo. Vai ajudar o sector", sublinha. (...)

(Leia o artigo integral na edição 552 do Expansão, de sexta-feira, dia 29 de Novembro de 2019, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)