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Royal Dutch Shell prepara regresso a Angola 21 anos depois da saída

ANPG ATRAI INVESTIMENTOS PARA O SECTOR PETROLÍFERO

A agora segunda maior petrolífera do mundo (em receitas), apenas superada pela chinesa SINOPEC, foi uma das pioneiras na exploração de águas profundas. Após perfurar 9 poços sem sucesso, no bloco angolano 16, abandonou o País em 1999.

A companhia petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell está a preparar o seu regresso a Angola depois de ter abandonado a prospecção em Angola em 1999, após a perfuração de nove poços sem sucesso.

O regresso daquela que é a quarta maior petrolífera mundial foi anunciado esta quarta-feira, pelo administrador da agência nacional de petróleo, gás e biocombustíveis (ANPG) Gerson dos Santos, durante um encontro com os jornalistas.

O responsável remeteu mais esclarecimentos sobre este regresso para Fevereiro, data em que se assinala o primeiro aniversário da ANPG. No entanto, o Expansão apurou que aquela que é uma das pioneiras na exploração de petróleo em águas profundas estará em negociações para a entrada nas concessões de blocos em offshore por via de negociação directa, à semelhança do que aconteceu com a Exxon nos blocos 30, 44 e 45, na Bacia do Namibe (ver infografia).

A negociação directa é um modelo que agrada às petrolíferas, sobretudo porque, como aconteceu no caso da Exxon, pode desbloquear negócios mais vantajosos a estas multinacionais. Isto porque nas licitações o modelo apresentado passa por uma divisão 50%-50% com o Estado sobre o petróleo descoberto. Já na negociação directa, o Estado parte em desvantagem, admite o especialista em petróleo Patrício Quingongo, podendo, na maior parte dos casos, permitir que as petrolíferas fiquem com até 80% da descoberta.

De acordo com a revista África Oil and Gás não é a primeira vez que a Multinacional tenta o regresso ao mercado angolano de onde saiu em 1999. A Anglo Holandesa Shell esteve interessada em comprar a participação do operador nos Blocos 21/09 e 20/11 de Angola, duas áreas em águas profundas com grande potencial na bacia do Kwanza. Estes são os activos que pertenciam à Cobalt Energy (operou no país até 2015), e que fizeram parte de um processo judicial que terminou em 2017, ao fim de dois anos, com a Sonangol a adquirir estas participações por 500 milhões USD.

Entretanto, a Sonangol procurou um novo operador para estes dois activos. Como a Shell marcou presença no showroom que a Sonangol promoveu em Houston, nos EUA, no início de Junho de 2018, com uma delegação de cerca de uma dúzia de funcionários, foi especulado que a empresa seria a principal candidata aos activos. (...)


(Leia o artigo integral na edição 558 do Expansão, de sexta-feira, dia 24 de Janeiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)