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Angola

Procura de livros escolares sobe nas ruas e preços disparam

PAÍS SÓ IMPORTOU UM TERÇO DO NECESSÁRIO

Dos 29 títulos previstos para o ensino primário, Luanda, que tem o maior número de alunos, só recebeu até ao momento quatro títulos. A distribuição atempada dos manuais determina o ritmo das aulas e põe os alunos sob pressão. Os pais acabam por recorrer ao mercado informal e pagam o preço.

Angola comprou 35 milhões de manuais escolares à África do Sul para o arranque do novo ano lectivo, número que responde apenas a um terço das necessidades do País. À semelhança de outros anos, a falta de manuais escolares provocou uma corrida ao mercado informal, com os preços a duplicarem em alguns casos face aos praticados nos anos anteriores. Isto, num País em que até à 6.ª classe os manuais escolares para o ensino público são gratuitos.

Fonte do Governo adiantou ao Expansão que foi importado apenas um terço dos manuais escolares necessários, o número que "foi o possível para garantir o arranque do ano escolar". Numa ronda pelas principais ruas da capital, foi possível verificar que algumas pessoas de outras províncias estão a deslocar-se a Luanda para tentar comprar os manuais no mercado informal.

A maior parte desconhece que no portal sepe.gov.ao é possível descarregar gratuitamente os manuais até à 6.ª classe. É o caso de um encarregado de educação de Malanje. Valdemar António diz que se deslocou a Luanda para comprar os manuais para os seus cinco filhos, que estudam nas escolas de ensino público, por causa da pouca oferta dos livros de distribuição gratuita, na cidade de Malanje.

"No ano passado, na escola de uma das minhas filhas fizeram a distribuição de livros a alguns alunos, mas metade da turma ficou sem os manuais, por isso é que tive de vir a Luanda para não comprometer o ano lectivo dos meninos", explicou. (...)


(Leia o artigo integral na edição 560 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)