Candidatos só avançam ao concurso com mudanças nas tarifas de inspecção
Várias empresas já manifestaram interesse em explorar e construir os centros de inspecção periódica obrigatória de veículos automóveis e reboque, mas só admitem avançar se as tarifas que estão em vigor desde 2010 forem alteradas. Das 85 empresas que adquiriram caderno de encargos, nenhuma avançou.
Os possíveis candidatos ao concurso público para exploração e construção de 53 centros de inspecção periódica obrigatória de veículos automóveis e reboque estão exigir a actualização das tarifas de inspecção de viaturas para avançarem com as suas candidaturas, apurou o Expansão.
As taxas foram aprovadas em 2010, numa altura em que cada dólar valia 92 Kz , o que compara com os 495,2 Kz que valia esta quarta-feira, dia 13. Ou seja, de 2010 para cá, a moeda nacional já desvalorizou 81% face ao dólar.
O concurso público para a construção de 53 centros de inspecção periódica obrigatória de veículos automóveis e reboque em todo País foi lançado a 15 de Julho do ano passado e terminava a 15 de Outubro. Entretanto, face à falta de candidaturas, o concurso já foi prorrogado três vezes, com a última prorrogação a estabelecer dia 15 de Abril deste ano. As tarifas de inspecção demoveram as candidaturas das 85 empresas que adquiriram o caderno de encargos.
De acordo com Fernandes Dambi, Chefe da secção de inspecção de veículos e automóvel da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNVT), a flutuação cambial fez com que os interessados em participar neste concurso público ficassem presos naquilo que é o estudo de viabilidade do negócio, visto que o valor mínimo para instalar um centro de inspecção ronda os 600 mil USD.
Ou seja, receiam pelo retorno do investimento. "Se a questão do tarifário estivesse resolvido, acreditamos que este concurso já estaria concluído porque o maior problema está nas taxas face ao valor avultado para a construção de um centro de inspecção", admite. (...)
(Leia o artigo integral na edição 561 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)