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Angola

PGR aperta o cerco aos negócios "secretos" da CIF por lesarem o Estado

NOVOS ARRESTOS ESTENDEM-SE À SEDE DA EMPRESA EM LUANDA E A UMA CIMENTEIRA

Depois das urbanizações, há uma semana, a PGR apreendeu agora os edifícios dourados da China International Fund (CIF) em Luanda, empresa cujos contratos milionários com o Governo, em 2004, foram considerados "confidenciais" à luz da Lei de Segredo de Estado.

O Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR) continua a apreender negócios das empresas do universo China International Fund (CIF), nomeadamente das CIF Hong Kong e CIF Angola, desta vez os edifícios CIF Luanda One e CIF Luanda Two, sede dos "negócios da China" que este grupo realiza no País desde 2004.

Desde segunda-feira, os prédios dourados, um deles com 25 andares, localizados na Av. I Congresso do MPLA, na Ingombota, onde também funcionam escritórios de várias empresas, estão sob tutela do fiel depositário, o Ministério do Ordenamento, Território e Habitação, enquanto decorrer o processo-crime contra as CIF.

A medida surge uma semana depois da apreensão de centenas de imóveis e propriedades destas empresas na Urbanização Zango Zero - Vida Pacífica e na Urbanização Kilamba KK 5000, alegadamente "construídos com fundos públicos", argumento que também justificará as novas apreensões.

Há perto de um ano, em Abril de 2019, a PGR já tinha apreendido 286,4 milhões USD ainda na posse da CIF Angola enquanto empresa responsável pela construção do novo aeroporto de Luanda. Em 2017, a empresa foi afastada do projecto após sucessivos atrasos e derrapagens orçamentais. Este é apenas um dos grandes projectos em que a empresa esteve envolvida em Angola.

Entre os empreendimentos divulgados na página da Internet da CIF estavam o novo centro administrativo, que acabou por ser concretizado por outra empresa, ou o mega projecto da Nova Cidade de Luanda, de 2006, que iria urbanizar uma vasta área de 780 quilómetros quadrados a Sul da capital, numa área entre a estrada de Catete, junto ao novo aeroporto, até ao litoral de Belas, tendo como limite o Rio Kwanza. (...)


(Leia o artigo integral na edição 562 do Expansão, de sexta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)