O desdém ao sofrimento dos angolanos
É unânime o reconhecimento tácito de que o sofrimento que estamos a viver se deve às más práticas de gestão da coisa pública ao longo dos últimos 20 anos, fundamentalmente.
As últimas revelações sobre os arrestos da Procuradoria Geral da República (PGR) mostram a profundidade do poço e a complexidade do enredo. Agora, afinal, está provado que há angolanos que se achavam donos disto tudo. Que não se importavam com o sofrimento do povo. Que acreditavam que o sol nascia porque eles permitiam. O resto, era mesmo o resto.
Tudo isso mostra que se construiu uma sociedade de castas, com intocáveis de cima e de baixo, mas, principalmente, arrogante que transformou a riqueza de todos para caprichos próprios.
Por causa deste comportamento irresponsável e promíscuo de alguns, hoje, o país regrediu e todos pagamos. Mas, a razoabilidade de tudo isso reside no facto de haver um reconhecimento dos erros cometidos, com toda a dor e risco que representa. O MPLA e João Lourenço reconhecem os erros. Pois é no MPLA, no seu seio, onde estão os que malversaram o erário público e se propõem a corrigi-los.
Quando o desafio de corrigir os erros teve início todos sabiam que a inversão de paradigma não seria fácil. Ao definir, no programa 2017-2022, o combate à corrupção como a principal meta, o MPLA e João Lourenço assumiram desafios e riscos. É, por isso, que as intervenções públicas da engenheira Isabel dos Santos e da sua irmã mais nova, Tchizé, pecam e não deixam nem uma fresta. Magoadas e enraivecidas elas perderam a racionalidade, "pensam como os galos, acham que o sol nasce porque elas cantam". Por causa disso cometem erros sucessivos. (...)
(Leia o artigo integral na edição 563 do Expansão, de sexta-feira, dia 28 de Fevereiro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)