Barril de crude bate mínimos de 17 anos
Covid-19, guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia e reservas norte-americanas a subir pressionam petróleo. Maior parte das projecções apontam para um preço médio do barril no final do ano a rondar os 40 USD.
Os últimos 7 dias foram de extrema incerteza e elevada volatilidade no mercado petrolífero, com a cotação do petróleo a perder perto de 30%. O preço do Brent encerrou a sessão desta quarta-feira abaixo dos 26 USD por barril, o que representa um valor mínimo de cerca de 17 anos. O crude desvalorizou, desta forma, mais de 60% desde o início do ano, altura em que os impactos do coronavírus começaram a fazer-se sentir nos mercados.
Se os preços da matéria-prima já vinham descendo devido às incertezas com a propagação do Covid-19 que tem implicado uma redução no consumo de petróleo, nesta semana houve pressões adicionais do lado da oferta vindo dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. O reino reforçou a sua intenção de inundar o mercado, a partir de Abril, com aumento da sua produção para cerca de 12,3 milhões de barris de petróleo por dia, o que representa um volume máximo histórico de exportação.
Nos EUA, os dados publicados, na quarta-feira, pela Energy Information Administration mostraram que os inventários de petróleo do país subiram 2 milhões de barris na semana passada, totalizando sete semanas seguidas de aumento, o que espelha a redução da procura por petróleo. Para os próximos tempos, a maior parte das instituições internacionais têm apontado para um agravamento da tendência, com a generalidade das projecções a apontarem para um preço médio que não deverá voltar a superar os 40 USD por barril até o final do ano.
Quanto ao impacto do Covid-19 na actividade económica global, tem sido apontado um cenário de queda, sobretudo, no primeiro trimestre. Entretanto, nesta semana, o Goldman Sachs chegou mesmo a antecipar queda igualmente no segundo trimestre, o que seria necessário para que a economia global entrasse em recessão técnica. (...)
(Leia o artigo integral na edição 566 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)
*Banco Angolano de Investimentos