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Governos 'despejam' milhões para conter efeitos da Covid-19

FRONTEIRAS FECHADAS, QUARENTENA E PLANOS DE EMERGÊNCIA PARA O NOVO FUTURO ECONÓMICO

O combate à Covid-19 ainda está no início em muitos países, mas já é claro que será necessário, não só debelar a doença, mas também os dramáticos efeitos económicos da pandemia. Os países mais ricos anunciam milhões em apoios financeiros enquanto as economias mais frágeis terão de recorrer aos fundos de emergência já anunciados pelo FMI e pelo Banco Mundial.

Enquanto as autoridades de saúde a nível global tentam controlar a pandemia do novo coronavírus, responsável pela doença respiratória Covid-19, que já infectou mais de 215 mil pessoas e deixou mais de 8.700 mortos em todo o mundo (balanço de quarta-feira), governos, autoridades financeiras internacionais, regionais e nacionais anunciam medidas em catadupa para fazer face aos dias que correm e às próximas semanas e meses, que se adivinham difíceis.

A nível internacional, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que o Fundo de Emergência para Catástrofes tem disponíveis de imediato 200 mil milhões USD para apoiar as economias mais afectadas, mas que pode vir a ser reforçado até 1 bilião USD de modo a "assegurar que as pessoas não morram devido à falta de dinheiro", disse a directora-geral, Kristalina Georgieva.

O Banco Mundial também já anunciou o aumento das linhas de financiamento de emergência de 2 mil milhões USD para 14 mil milhões, destinadas sobretudo a apoiar as respostas de empresas e países à pandemia. Estas ajudas destinam-se sobretudo a "fortalecer" os sistemas de saúde nacionais dos países afectados, nomeadamente nas áreas de contenção, diagnóstico e tratamento.

Os especialistas alertam que além destes apoios aos países mais afectados com financiamento directo às medidas de contenção da doença, para reduzir a sua propagação, é também necessário que sejam tomadas medidas nacionais de apoio directo à actividade económica, às empresas e aos cidadãos, de forma a que sejam compensados os efeitos da quarentenas já em vigor, e dos isolamentos obrigatórios que também já foram implementados em alguns países. O objectivo é limitar os efeitos da Covid-19 na economia, evitando falências e despedimentos.

As respostas terão de ser dadas a vários níveis e passarão por políticas monetárias que permitam que os bancos centrais injectem liquidez e reduzam as taxas de juros, assim como linhas de financiamento directo à economia, medidas que já estão a ser adoptadas pela maioria dos países afectados para fazer face à onda de suspensões de laboração de empresas e fábricas, incluindo dos principais produtores europeus de automóveis. (...)


(Leia o artigo integral na edição 566 do Expansão, de sexta-feira, dia 20 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)