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Prolongamento da Covid-19 pode forçar Angola a vender petróleo abaixo do mercado

CRUDE PRESSIONA ORÇAMENTO DO ESTADO

O país tem mais de 40 ramas e apenas 7 são vendidas a desconto em função da sua reduzida qualidade. Ramas como Girassol, Nemba e Cabinda vão continuar a vender acima do valor de referencia do Brent ou seja com prémios.

O impacto da crise de preços do petróleo na economia angolana vai depender do prazo que vai durar até a Covid-19 estar totalmente controlada e os principais consumidores de crude, especialmente a China, voltarem à sua actividade normal. Sendo que, directa ou indirectamente, o país não tem como escapar das vendas a desconto ou da redução dos prémios, revelam analistas ao Expansão.

Para o analista Patrício Quingongo, o país tem mais de 40 ramas, ou seja, tipos de crude, sendo que destes apenas sete têm uma qualidade inferior e por conta disto são vendidos a desconto. Mas, no caso angolano os descontos são normalmente de cêntimos de dólar não chegando a 1 USD.

As restantes ramas angolanas, com destaque para o Girassol, Nemba e Cabinda, vendem-se bem e normalmente a preços acima do Brent, refere o analista, explicando que o que se passa com o Qua Ibo é uma das referências para o petróleo nigeriano. Este é um tipo de crude pesado e com menor procura porque as refinarias que compram este tipo de crude tem de o refinar duas vezes e a estratégia destas nos dias de hoje é fugir deste tipo de matéria-prima focando-se naquelas mais leves.

Questionado se Angola não teria de fazer descontos elevados à semelhança da Nigéria que está a vender uma das suas ramas, o Qua Ibo, com desconto de 3,10 USD sobre o preço de referência do Brent Quingongo, refere que a principal rama nigeriana é o Bony light e este continua a vender bem e a ter procura elevada."O que conta nestes casos é a qualidade do petróleo e os contratos existentes que por norma se mantêm, acrescenta". (...)


(Leia o artigo integral na edição 567 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)