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Angola

Financiamentos do Banco Mundial transformam famílias rurais

AGRICULTURA FAMILIAR EM MALANGE

Em Malanje, 30 mil produtores beneficiam, desde 2017, do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II), iniciativa do Ministério da Agricultura, implementado pelo Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), financiado pelo Banco Mundial.

Recentemente, o Expansão visitou dois municípios, em Malange, onde estão a ser desenvolvidos alguns subprojectos agrícolas nas comunidades rurais, ligados ao MOSAP II, um programa do Governo que está a transformar a vida de milhares de famílias na província.

Se em 2016, quando o projecto foi aprovado, eram famílias sem recursos e condenadas à fome e pobreza, quatro anos depois os beneficiários são unânimes em reconhecer que o MOSAP II é um projecto que mudou a vida de quase todos.

Durante a passagem por Kalandula e Cacuso, foi possível perceber que a satisfação substituiu os rios de lamentações e a miséria da população, tudo porque a terra tornou-se em fonte de sustento e de rendimentos. A produção é parcelada. Os técnicos do MOSAP II garantem que é a melhor forma de evitar parasitas nas cooperativas. "Aqui cada um é responsável por uma parcela e só vende o que produz, se não o fizer não tem rendimento", explica Lázaro Bula, técnicodo projecto MOSAP II.

Embora não estejam satisfeitas ainda algumas necessidades básicas, como centros médicos, escolas e estradas funcionais, o certo é que muitos, como o soba João Caculo, afirmam que a vida já não é mesma, porque agora entraram para o mapa de muitas empresas e comerciantes que procuram pela sua produção. O ancião diz que o projecto transformou a vida de muitos agricultores da aldeia de Quicuca, comuna do Lombe no município de Cacuso, 43 quilómetros à sul da cidade de Malange, onde os beneficiários trabalham 100 hectares de terra.

Mais velhos e jovens estão confiantes no aumento da produção com o apoio do IDA. "Consegui comprar duas cabras na primeira safra de 2019", afirma satisfeito João Caculo. Na aldeia de Quicuca os agricultores produzem mandioca, milho, feijão e batata-rena e esperam pela introdução de hortícolas.

Fátima Futa, uma das associadas explica que do pouco que ganhou na primeira colheita conseguiu contribuir para a caixa comunitária, comprou animais e o resto do dinheiro fez uma poupança no banco. Apesar de a falta de chuva nos meses de Dezembro e Fevereiro ter penalizado a cultura do milho. (...)

(Leia o artigo integral na edição 567 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Março de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)