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Angola intensifica cortes de produção para cumprir acordo da OPEP+

FALHOU META DE MAIO

O País disponibiliza ao mercado 37 carregamentos de petróleo para entrega em Julho, o equivalente a 1,1 milhões de barris por dia. Por falhar a meta de cortes em Maio, no mês seguinte, Angola, terá de eliminar da sua produção mais do que os 23% assumidos.

A Produção de petróleo em Angola no mês de Junho deverá atingir os valores mínimos dos últimos 16 anos, já que o País está obrigado a reduzir para 1,1 milhões/dia para compensar os 70 mil barris diários produzidos em excesso face ao que estava previsto no âmbito do acordo da OPEP.

Se cortar no segundo mês da primeira fase do acordo dos produtores acima do que estava acordado inicialmente, Angola deixa a lista dos países incumpridores por ter compensado o excesso de produção verificado em Maio.

Estes dados foram avançados pelos traders à agência noticiosa Reuters e indiciam que já haverá acordo entre as operadoras, multinacionais, que respondem por 98% da produção de Angola em blocos operados e a ANPG, representante do Estado na relação com as Majors enquanto concessionária Nacional.

No entanto, informações sobre o acordo, tais como em que blocos se vai cortar e quais as contrapartidas dadas pelo Executivo, não foram revelados. "O Executivo enviou às operadoras, em Abril, um plano de cortes de produção de Maio a Dezembro" revelou uma fonte do sector ao Expansão.

De acordo com a mesma fonte, contrariamente a vários países que subscreveram o acordo da OPEP+ que publicaram comunicados a esclarecer aos seus fornecedores o seu plano de cortes a dois anos, Angola ainda não o havia feito até ao fecho da presente edição.

Tal comportamento é justificado por fontes do Executivo pelo facto de a queda de produção de petróleo de Janeiro a Dezembro de 2021, ao abrigo do acordo da OPEP, ser pouco significativo. As fontes admitem que, nesta fase, se o país tiver de cortar produção será um corte "quase insignificante". (...)


(Leia o artigo integral na edição 575 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)