Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Angola

Taxas no ensino secundário vão passar a ser cobradas ao abrigo da lei

Objectivo é acabar com as arbitrariedades

Pode ter os dias contados o vazio legal que existia até agora na cobrança de taxas nas escolas públicas do ensino secundário, feitas arbitrariamente, tendo em conta o despacho presidencial publicado no dia 11 de setembro, que confere poderes aos ministérios da Educação e Finanças para definir e aprovar os valores a cobrar, legalmente. Com o novo regulamento, para além de a cobrança passar a fazer-se à luz da lei fica também claro qual o destino das receitas arrecadadas.

O despacho publicado, a que a Lusa teve acesso, justifica esta decisão, porque "as receitas escolares constituem uma importante fatia alternativa de financiamento das instituições públicas de ensino secundário".

Recorde-se que o facto de Angola não dispor de um diploma legal que defina as regras de cobrança de emolumentos no ensino secundário e de as mesmas ficarem ao critério de cada escola, levou o Executivo a suspender, em setembro de 2019, quaisquer cobranças de taxas.

Naquela altura, o diretor jurídico do gabinete provincial de Educação de Luanda, José Filho, afirmou à Lusa que o problema maior é que "a lei prevê cobranças nas escolas. O que acontece é que não existe um regulamento que fixa os preços e os elementos a serem cobrados. E a lei diz que o executivo autoriza a cobrança nas escolas e essa autorização legal é que não existe". Este responsável referia-se a um regulamento específico para "normalizar as cobranças à luz da lei" e também para "definir qual será a finalidade dos dinheiros arrecadados".