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Angola

Falta de professores e equipamentos condiciona actividade do CEARTE

Maior investimento no ensino artístico

O Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), também designado Instituto Politécnico de Artes, é a única instituição de ensino médio técnico-profissional de arte em Angola, concebido para receber 3,840 alunos, da 7ª à 13ª classes (1º e 2º ciclo do ensino secundário).

O CEARTE começou a funcionar em 2015 e, presentemente, oferece cinco áreas de formação - artes visuais e plásticas, dança, música, teatro e cinema, mas apenas para o 2º ciclo do ensino secundário (10ª à 13ª classes).

Desde a sua inauguração, em 2015, o CEARTE formou apenas 200 alunos - a primeira classe de finalistas em 2018 (cerca de 70), uma segunda classe em 2019 (68) e uma terceira classe em 2020 (com um número idêntico de finalistas). Este número diminuto de alunos em relação à sua capacidade deve-se sobretudo à falta de professores e de material específico.

O CEARTE foi concebido para estar a funcionar com 98 cursos, leccionados por 350 professores, mas só tem 70 professores e 16 cursos a funcionar. A falta de professores é a maior dificuldade em poder disponibilizar toda a oferta de cursos. Entre 2015 e Dezembro de 2017, tiveram professores da cooperação cubana, mas estes não tiveram os seus contratos renovados e não voltaram no início de 2018 - um problema cuja resolução esteve para além do CEARTE. Entretanto, o Governo, que teria de contratar mais professores, não o tem feito com a celeridade e em número suficiente - de notar que o CEARTE tem uma tutela dupla do extinto MINCULT, agora MCTA, e do MED.

Em 2018, não lhe foram atribuídos novos professores nos concursos realizados pelo governo. Em 2019, o CEARTE fez um pedido de 154 vagas para professores para o ano lectivo de 2020 e foram aprovados 110 candidatos que ainda estão em processo de contratação (informação recolhida em Junho de 2020). De Fevereiro, quando se iniciou o ano lectivo até ao fim de Março 2020, quando as aulas foram interrompidas por causa da pandemia da Covid-19, os professores leccionaram sem contrato ou remuneração.

(Leia o artigo integral na edição 596 do Expansão, de sexta-feira, dia 16 de Outubro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)