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Opinião

O drama das economias rendeiras e a revolução verde

Ideias e Visões

A era do domínio dos combustíveis fósseis está a chegar ao fim. O mundo procura alternativas aos poluentes, evitando os derivados do petróleo para prolongar a vida na terra e a existência humana.

A procura incessante por energias limpas está a criar, no mundo contemporâneo, uma relativa tensão entre a busca de uma autonomia económica do petróleo e a capacidade de envolver a indústria como um acto de equilíbrio.

Não restam dúvidas de que esta tensão dos mercados envolve, também, países, como Angola, cujas economias dependem do petróleo, como principal fonte de renda. Mas, não há como resistir a essa onda universal de alteração para a economia verde. As tendências evolutivas das tecnologias, fundamentalmente na indústria automóvel, mostram que não há outro caminho.

As mudanças que se observam têm a ver, também, com as exigências das organizações ambientais, da saúde, dos hábitos, da concorrência, dos preços das matérias-primas e dos critérios, cada vez mais rígidos, sobre a emissão de gases, o que aumenta a pressão sobre o sector automotivo.

Ninguém sabe ainda, ao certo, os impactos profundos dessas políticas tecnológicas e de quais contextos mais amplos elas funcionarão. Mas, o drama é previsível. Não há, nestes tempos de dominação articulada, resistência possível aos avanços da ciência.

O recente anúncio do governo britânico sobre o plano para impulsionar a economia, através de acções de combate à emergência do clima, promete uma revolução industrial muito séria. A revolução verde, como chamam, visa acabar com os carros movidos à combustão a partir de 2030. Boris Johnson quer banir motores a gasolina e gasóleo em Inglaterra.

Na Europa e no mundo desenvolvido, no seu conjunto, essa notícia não é nova. Mas, como os países suportados por economias rendeiras sobreviverão? Para responder a este e outros desafios, é fundamental que exista um movimento de reversão das economias rendeiras à base do petróleo.

Um comprometimento com sistemas alternativos de definição económica, capaz de encontrar outras maneiras de proteger os povos e o futuro.

O que está em jogo são economias que procuram dar nova alma aos processos produtivos,
colocando a vida acima do dinheiro, aparentemente, promovendo um processo de mudanças, em busca de respostas para a sobrevivência.

(Leia o artigo integral na edição 602 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Novembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)