No entanto, caso os cálculos sejam feitos em Kwanzas, houve um aumento de 9% nas trocas comerciais para quase 4,5 biliões Kz e uma ligeira queda de 2% no saldo da balança comercial para quase 1,8 biliões Kz. São os efeitos da desvalorização cambial, já que se no III trimestre de 2019 a taxa de câmbio média era de 363,2 Kz por dólar, entre Julho e Setembro já eram necessários 605,1 Kz para comprar 1 USD, representando uma desvalorização de 40%.

Segundo os dados do relatório das Estatísticas do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), entre Julho e Setembro, publicado esta semana, nas exportações houve um afundanço de 37%, para 5,1 mil milhões USD, contra os 8,1 mil milhões registados em igual período do ano anterior, influenciado pela queda da exportação de petróleo, matéria-prima que já representa 97% das exportações angolanas, um sinal de que está a aumentar a petrodependência. Por outro lado, no período em análise as importações caíram 30% para 2,2 mil milhões USD, apesar da subida de 17% em Kwanzas. Destaque para a queda em 65% na importação de combustíveis, que passou de 602 milhões USD para 209 milhões. Também as compras ao estrangeiro de matérias-primas agrícolas caiu 6% em dólares para 428 milhões USD, mas subiu 57% em Kwanzas para 259 mil milhões Kz.

(Leia o artigo integral na edição 603 do Expansão, de sexta-feira, dia 4 de Novembro de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)