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Banca disponibiliza 37,3% dos 476 mil milhões Kz aprovados do Prodesi

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A banca comercial, que aderiu ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), desembolsou apenas 37,3% dos 476 mil milhões Kz disponibilizados para a globalidade do programa.

Contas feitas pelo Expansão, com base no relatório de balanço do PRODESI, e nos dados divulgados no site do Ministério da Economia e Planeamento, em 2020, o programa disponibilizou 178 mil milhões Kz, o equivalente a 37,3% do total do montante aprovado pelos bancos.

Apesar do relatório apresentar apenas 1199 projectos submetidos à banca - dos quais 661 aprovados e 352 não aprovados -, no site do MEP foram publicados 5604 projectos registados pelo serviço de crédito do PRODESI, submetidos nas diversas plataformas.

O MEP garante que dos 5604 projectos registados, boa parte são iniciativas dos mais diversos sectores de actividade e longe do objecto que norteou a criação do programa que prevê uma fileira de produção de 54 produtos, definidos pelo Governo.

A este propósito, o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, afirmou que o sector mostra um balanço positivo, sendo que desde a operacionalização do PRODESI, o sector da Agricultura lidera a lista de projectos aprovados e financiados, com um volume de 245 mil milhões Kz, seguido da indústria transformadora, com 240 mil milhões de kwanzas e a indústria alimentar e de bebidas, com 198 mil milhões.

O MEP reitera que o crédito é para os produtores dos 54 produtos prioritários da cadeia produtiva, o quer justifica o facto de muito projectos candidatados terem ficado de fora, nomeadamente projectos de exploração mineira, com destaque para os diamantes, bem como iniciativas de pessoas singulares, sem empresas constituídas, mas que mesmo assim, apresentaram as suas candidaturas de acesso ao crédito.

Em termos de área territorial, os negócios apoiados estão distribuídos pelo país inteiro, com a maior representação da província de Luanda (447 mil milhões), seguida de Cabinda (106 mil milhões) e Benguela (52 mil milhões).

O ministro da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, em resposta ao Expansão, disse que nesse momento a prioridade é a taxa de aprovação dos financiamentos e não os montantes desembolsados e lembrou também que o grande constrangimento do crédito está na relação entre os bancos e os empresários. Quanto aos projectos não aprovados, explicou que estes são encaminhados para o gabinete de reestruturação dos projectos, criado para ajudar os empresários interessados no crédito.