Covid-19: qual o impacto no futuro da segurança cibernética?
A crise pandémica que estamos a viver contribuiu de forma determinante para que a cibersegurança se tornasse um tema prioritário na agenda dos líderes da sociedade Angolana.
Apesar de se tratar de um fenómeno raro, quando ocorrem, o impacto das pandemias nas organizações é invariavelmente significativo, afectando as operações no curto prazo e influenciando o comportamento das organizações nos anos seguintes.
A Covid-19 não foi excepção. A pandemia causou um impacto profundo e generalizado nas operações de segurança cibernética e antevê-se que terá um impacto significativo nas estratégias, investimentos e prioridades futuras das organizações a nível global. Este impacto foi ainda exponenciado devido à situação económica que Angola atravessa, que adiou muitos dos investimentos necessários em cibersegurança.
No cômputo geral, a pandemia trouxe grandes oportunidades e desafios para as organizações. A nível transversal assistiu-se a uma forte aceleração do processo transformativo digital, com o trabalho remoto a ser fortemente potenciado e generalizado, o que também despoletou um conjunto alargado de incidentes de phishing, bem como outras ameaças cibernéticas.
Na adaptação ao «novo normal», a realidade apresentou-se bem mais heterogénea, com as organizações de maior dimensão a exibirem maiores níveis de resiliência face a organizações de menor dimensão que não estavam tão bem preparadas do ponto de vista de capacidade de defesa cibernética e de capital humano especializado. Este paradigma veio reforçar a tendência para que estas organizações de menor dimensão se tornassem o alvo preferencial de ciberataques que originaram fugas de informação e perdas de dados.
*Associate Partner EY, Cybersecurity, Consulting Services
(Leia o artigo integral na edição 607 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Janeiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)