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Empresas & Mercados

Activos da Sonangol e Angola Telecom inauguram venda de acções na Bodiva

Primeiro leilão em bolsa acontece em Março e a primeira OPI está agendada para Maio

Depois de ter falhado a data para o arranque da primeira Oferta Pública Inicial (OPI) da Ensa em 2019, o Estado irá finalmente, de Março a Agosto, impulsionar o arranque da venda de acções por via da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), colocando seis participações que detém indirectamente em empresas por intermédio de, entre outros, o Ministério das Finanças, Sonangol e a Angola Telecom.

Trata-se das ofertas públicas iniciais da Mota Engil Angola, Sonangalp, Multitel e TV Cabo Angola e dos leilões por via da bolsa do Banco de Comércio e Indústria (BCI) e da prestadora de serviços à indústria petrolífera, Petromar.

Embora a venda de acções de empresas na bolsa esteja previsto para arrancar em Março, os investidores terão de esperar até Maio para poderem comprar acções no mercado de bolsa.

O BCI será a primeira empresa a inaugurar em Março a venda de acções por via da BODIVA, mas no mercado de balcão e não no mercado de bolsa, uma vez que a venda da participação do Estado no banco será feita por leilão em bolsa e não por OPI como estava inicialmente programado no Propriv. Facto que limita a possibilidade de compra das acções do BCI a investidores institucionais previamente qualificados.

No procedimento de venda por leilão em bolsa, as acções são vendidas em lotes e a um único accionista, o que afasta as pessoas singulares, pois a compra está limitada a investidores institucionais (empresas) que devem estar previamente qualificados para disputar as acções do banco num leilão a ser realizado por via da plataforma da BODIVA.

O banco que tem o Ministério das Finanças como accionista maioritário, embora reúna alguns dos principais requisitos para avançar para uma OPI, tais como ter um volume de negócios superior a mil milhões Kz e contas auditadas, o seu accionista, o Estado, decidiu vender as acções fora do mercado de bolsa. De acordo com fontes do IGAPE, o objectivo é encontrar um parceiro com capacidade para avançar com a necessária reestruturação do banco ou seja com capital financeiro e know-how.

Mas este parceiro deve assumir o compromisso de, pelo menos, em até três anos colocar pela primeira vez as acções do BCI no mercado de bolsa, ou seja dispersar as suas acções por vários investidores por via de uma oferta pública inicial, o procedimento através do qual uma empresa coloca pela primeira vez as suas acções na bolsa e que permite a todos os investidores adquirir estas acções.

(Leia o artigo integral na edição 607 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Janeiro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)