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Fabrimetal investe 270,5 milhões Kz para aumentar produção

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Empresa prevê implementar em 2016 duas novas linhas de produção, com vista à criação de artigos complementares ao varão de aço, nomeadamente cantoneiras, barras, perfis e malhassol.

A Fabrimetal aumentou no final do mês passado a sua capacidade de produção mensal de varões de aço de 3.500 para 7.500 toneladas, revela o director comercial e de projectos estratégicos da empresa.

O reforço, explica Luís Diogo, envolveu um investimento de cerca de 270,5 milhões Kz (2 milhões USD). Ao Expansão, o responsável sublinha que, com este reforço da capacidade produtiva, a empresa pretende “afirmar o compromisso com Angola, aumentando a produção nacional, contribuindo de maneira considerável para a diminuição das importações, ajustando os preços do mercado da construção civil e subindo o nível de rendimento dos mais de 400 colaboradores nacionais” da Fabrimetal.

A empresa é especializada na produção e comercialização de varões e aço reforçado de alta qualidade (diâmetros 8 a 32), com 12 metros, sob marca FMTMT, amplamente utilizados na construção civil.

O produto foi apresentado na 13.ª edição da Projekta e, segundo a empresa, face aos materiais importados, custa menos cerca de 15%. Os varões são produzidos a partir de sucata reciclada adquirida no mercado nacional, explica o gestor, adiantando que a Fabrimetal apenas precisa de importar cerca de 20% das necessidades globais de matéria-prima, essencialmente aditivos “que têm um papel importante na qualidade do produto final”.

A Fabrimetal está instalada no Pólo Industrial de Viana, em Luanda, tendo clientes, para além da província capital, no Huambo, Moxico, Huíla e Benguela. Com o aumento da capacidade de produção, diz Luís Diogo, a empresa irá “consolidar a posição actual no mercado”.

Novo projecto depende de alívio da crise

No próximo ano, a empresa poderá investir em duas novas linhas com vista à produção de artigos complementares ao varão de aço, nomeadamente cantoneiras, barras, perfis e malhassol, revela o gestor.

Este projecto, contudo, dependerá do desenrolar da situação macroeconómica do País. Actualmente, a Fabrimetal tem 539 colaboradores, sendo 477 nacionais e 62 estrangeiros. Se se concretizar o investimento, adianta o gestor, o quadro de pessoal será reforçado. A carência de divisas, fruto da quebra do preço do petróleo, sublinha, é o maior “desafio” do País e “tem vindo a colocar em causa alguns investimentos assim como a nossa credibilidade perante fornecedores”.

No entanto, Luís Diogo defende que a crise “vai despertar oportunidades no mercado nacional a alguns operadores económicos”, uma vez que “é inadiável a prossecução da diversificação da economia”. “Para nós, enquanto produtores nacionais, [a crise] motivou-nos a continuar a apostar no mercado e aumentámos os níveis de qualidade quer no processo produtivo, quer na formação dos nossos colaboradores”, garante.

A firma de direito angolano iniciou actividade em finais de 2006, após um investimento inicial de cerca de 5 milhões USD.