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Opinião

O regresso e a responsabilização

29 DE ABRIL

Prevêem-se tempos difíceis e de contínua coragem de todas as partes. É óbvio que este tema está no topo da agenda do Governo, que tudo tem feito para melhorar a situação, mas é um momentum fora do seu controlo.

O ano 2015 e este início de 2016 têm sido implacáveis no que diz respeito à estadia de profissionais

estrangeiros em Angola. A crise do petróleo, a desvalorização da moeda nacional (kwanza) e a consequente falta de divisas no mercado oficial (porque no mercado paralelo - rua - continuamos a ver notas novas de USD a serem vendidas a preços proibitivos), levaram dezenas de milhares de profissionais qualificados de várias nacionalidades a sair do País.

Estas pessoas fazem falta a Angola? Sim, fazem, pelo menos na sua grande maioria, porque um país apenas se constrói na base da diversidade, multiculturalidade, excelência e aprendizagem.

E estes profissionais estavam a dar tudo isto e a ajudar a economia e os profissionais angolanos a crescer.

No entanto, factos consumados não voltam atrás. Angola irá, naturalmente, dar a volta a esta situação, mas irá demorar ainda algum tempo, mesmo com a entrada do Fundo Monetário Internacional que, mesmo sendo esperada como uma lufada de ar fresco, pelo menos nos primeiros meses irá ser mais restritiva que benevolente, se tivermos como exemplo os países por onde passou.

*Expert in Human Resources & Entrepreneur, Certified Coach PLD19, Harvard Business School