Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Mundo

FMI diz que ainda é cedo para saber o total da dívida

4 DE MAIO - MOÇAMBIQUE

O vice-director do departamento africano do FMI disse hoje na Costa do Marfim que ainda é demasiado cedo para saber o total exacto do montante de dívida escondida pelo governo de Moçambique.

Numa entrevista citada pela agência de notícias financeira Bloomberg, Roger Nord disse que ainda era demasiado cedo para comprovar o montante exacto da dívida que Moçambique contraiu mas não refletiu nas contas oficiais, e que o primeiro-ministro colocou, no final de abril, em 1,4 mil milhões USD.

"Fizemos progressos nas nossas discussões com o governo de Moçambique para aferir o montante exacto da dívida escondida", disse o responsável do FMI, acrescentando: "Estamos satisfeitos. As autoridades moçambicanas têm sido muito cooperantes".

De acordo com a Bloomberg, o FMI vai emitir um comunicado quando o montante exacto da dívida for calculado com base nas discussões que estão a decorrer em Washington, com a equipa técnica constituída pelo governo de Moçambique para o efeito.

As declarações de Roger Nord surgem no mesmo dia em que o site informativo Global Capital noticiou que o FMI confirmou que nem o StandBy Credit Facility nem o Policy Supported Instrument foram cancelados.

Também hoje, a agência de notação financeira Moody's disse que os empréstimos escondidos vão custar mais 250 milhões USD por ano aos cofres de Moçambique em juros, e que a descoberta destes valores não é positiva do ponto de vista da análise de crédito soberano do país.

Em causa está a assunção de uma dívida contraída desde 2012, que o primeiro-ministro de Moçambique disse na semana passada ser de 1,4 mil milhões USD.