"Fizemos a contenção e os gastos no momento certo"
Cantam juntos desde os anos 90 e escolheram o rap para poderem contribuir para mudar mentalidades, sobretudo entre os jovens. Estão actualmente a preparar um maxi-single, que contam lançar ainda este ano, e vêem a crise como uma oportunidade.
Já lançaram algum disco?
Ainda não, mas estamos a trabalhar para apresentar um maxi-single no segundo semestre do ano. Já temos alguns temas gravados.
Ganha-se bem na música?
Ganhar bem é bastante relativo. Mil kwanzas pode ser suficiente para uns e insignificante para outros. Cabe a cada artista fazer a sua racionalização.
Como surgiu a música promocional "Moça do Ginásio"?
Surgiu da necessidade de retratarmos a "febre" do momento. Ultimamente temos visto muitas moças nos ginásios, antigamente eram mais homens, mas a situação inverteu-se. Os ginásios estão lotados por mulheres, umas com necessidade de manterem a saúde, outras com intenção de melhorar os atributos físicos para serem mais vistosas e cobiçadas [Risos].
Qual a maior dificuldade dos músicos angolanos?
Sem dúvida, a valorização. Quando se valoriza a arte, tudo passa a ser diferente, criam-se indústrias discográficas, empresários musicais, salas para concertos. Surge uma série condições que facilitam o trabalho e projecção do artista.
São poupados ou gastam muito?
Fizemos a contenção e os gastos no momento certo.
Como olham para a crise que o País vive?
Como um momento de oportunidade para todos - como nós - os que pretendemos continuar investir. Só os mais fortes e homens de ideais é que vão ter sucesso neste momento da crise.