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BAI apresentou lucros de 300 milhões USD em 2016

BANCA

A instituição bancária mais do que triplicou os lucros em 2016 face a 2015, justificados pelo aumento da margem financeira em 62%.

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) encerrou o ano de 2016 com lucros de 49.741 milhões Kz, o equivalente a 300 milhões USD, mais do que triplicando os resultados obtidos em 2015, quando obteve 15 mil milhões Kz, de acordo com os resultados apresentados pela instituição bancária a que o Expansão teve acesso.

Conforme o documento, a evolução "reflecte o aumento da margem financeira em 62%, resultante dos proveitos de instrumentos de dívida e da carteira de crédito". O banco avança que contribuiu para os resultados anuais o aumento dos custos administrativos em 17%, inferior à taxa de inflação do ano e a redução dos custos com imparidades devido à recuperação de crédito e juros abatidos ao activo.

No seu 20.º ano de actividade, o banco fechou o exercício de 2016 com activos líquidos no valor de 1,3 mil milhões Kz, representando um aumento de 25% em relação a 2015, e uma carteira de depósitos de cerca de 1,1 mil milhões Kz (mais 21% face a 2015) e fundos próprios de 167.490 milhões Kz (mais 36% face a 2015).

A instituição bancária registou uma melhoria de 4 pontos percentuais do rácio de eficiência, (cost to income), cifrando-se em 32%. A melhoria do rácio é justificada pelo facto de o crescimento do produto bancário (31%) ter sido superior ao crescimento dos custos administrativos (17%).

De acordo com os dados consultados pelo Expansão, a carteira de crédito líquido totalizou 380 mil milhões Kz, equivalente a um aumento de 10% comparativamente a Dezembro de 2015. "Este aumento foi principalmente explicado pelo aumento do crédito concedido ao sector privado (em 29 mil milhões Kz) e aumento do crédito concedido ao Estado (19 mil milhões Kz). Devido ao aumento dos depósitos (21%) ter sido superior ao aumento do crédito (10%), o rácio de transformação (rácio de crédito sobre depósitos) situou-se em 33%, menos 3,6 pontos percentuais comparativamente a 2015", refere o documento.

O Banco manteve um perfil de "elevada liquidez" (representando as disponibilidades e as aplicações em instituições de crédito 27% do total do activo), de "reduzido risco" (a exposição ao Estado, incluindo BNA, representa 64% do activo) e de "elevada solvabilidade" (o rácio de solvabilidade regulamentar mantém-se em 23,4%, "acima do mínimo exigido pelo BNA", de 10%).