"Deviam ser alocadas verbas para a Educação de pelo menos 20% do OGE"
Em entrevista ao Expansão, um dia antes do fim da greve dos professores, o presidente do Sindicato Nacional de Professores diz que a classe está pobre e desmotivada e lamenta que muitos apenas recebam 45 mil Kz de salário mensal.
Termina esta sexta-feira a greve dos professores do sector não universitário. Quais são os principais motivos da greve?
Reivindicar a actualização de categorias profissionais dos professores, o reajuste de salário face à perda do poder de compra e da inflação que corrói o salário dos professores, bem como o pagamento na totalidade dos subsídios aprovados há 21 anos. Estamos também a reivindicar a transição do quadro probatório para o quadro definitivo de muitos professores e melhores condições de trabalho.
Em 2013 entregaram ao Ministério da Educação um caderno reivindicativo. Já tiveram alguma resposta?
A declaração de greve foi antecedida pela entrega de um caderno reivindicativo ao Ministério. E tivemos momentos de negociações, que resultaram num memorando assinado pelas duas partes, SINPROF e o Ministério da Educação. O memorando não foi honrado pela outra parte, apenas se pagaram algumas dívidas, mas ainda assim deixaram de fora algumas províncias. Por isso, os professores, por via do sindicato, na reunião do Conselho Nacional, em Outubro de 2016, remeteram um memorando ao Ministério e deu-se como deadline (limite de resposta) o dia 28 de Fevereiro deste ano. Findo o prazo, devolvemos a palavra aos professores para que estes se pronunciassem face ao incumprimento da parte do Governo. Daí que, na assembleia que decorreu em Março, a nível municipal e provincial, foi deliberada uma paralisação nos dias 5, 6 e 7 de Abril.
(Leia o artigo na integra na edição 416 do Expansão, de sexta-feira 07 de Abril de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)