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Angola

Quem é o eleitor de 2017? Onde é que ele está? Vejamos alguns números.

Angola

Na Angola de hoje, dos 9 milhões e trezentos mil eleitores (FICM/2017), aqueles que lutaram pela independência, no essencial, representam apenas cerca de 4,9% da população votante.

Os dados do CENSO/2014 (tão pouco explorados) oferecem inúmeros elementos para analisar o perfil e a localização do eleitor de 2017, adicionando-se os poucos elementos do Ficheiro de Cidadãos Maiores (FICM/2017) já disponíveis.

1. A idade média da população angolana é de 21 anos (Alemanha e Itália estão acima dos 40). É uma população extraordinariamente jovem, como acontece em grande parte da África Subsaariana. Cerca de 47% está entre os 0-14. Nas províncias do Huambo, Bié e Moxico, mais de 50% da população está entre os 0-14 anos. O FICM/2017 tem cerca de 9 milhões e 300 mil eleitores, dos quais mais de 55% abaixo dos 35 anos.

2. Com base no CENSO/ 2014 apenas 2% da população estava acima dos 65 anos. Cruzando com os dados do FICM/2017, os cidadãos maiores de 65 anos representam apenas 456 mil eleitores, ou seja 4,9% da população votante. Isto pode estar à volta dos 5 deputados do círculo eleitoral nacional único (que elege 130 deputados). Diferentemente, a faixa abaixo dos 35 anos representa cerca de 55%. Destes, a maioria está entre os 18 e os 25 anos (2 513 294 votantes). É aqui onde vão ser tomadas as grandes decisões. Um segmento com muita energia, elevado grau de expectativas e exigências, e sem paciência para longos discursos. Significa, também, que na Angola de hoje, dos 9 milhões e trezentos mil eleitores (FICM/2017), aqueles que lutaram pela independência, no essencial, representam apenas cerca de 4,9% da população votante.

*Director Geral da ADRA

(Leia o artigo na integra na edição 425 do Expansão, de sexta-feira 09 de Junho de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)