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Acções caem e xelim desvaloriza com marcação de novas eleições

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A decisão de invalidar as eleições presidenciais no Quénia teve efeitos imediatos na maior economia da África Oriental e Central. As acções das maiores empresas do país caíram, com as da Safaricom Lda a baixarem 10%, e o xelim desvalorizou 0,1% em relação ao dólar. Os analistas temem agora o impacto da incerteza na economia.

O candidato da oposição às presidenciais do Quénia, Raila Odinga, estabeleceu condições para participar no novo escrutínio, agendado para o dia 17 de Outubro, depois de o Supremo Tribunal declarar "inválidas, nulas e sem efeito" as eleições de 8 de Agosto.
A decisão de invalidar as eleições, inédita no continente africano, com base nas acusações de irregularidades generalizadas na transmissão electrónica dos resultados, teve como consequências a descida das acções do Quénia e a desvalorização da moeda nacional, o xelim, como resultado do aumento da incerteza política e económica na maior economia da África Oriental e Central.
À violência que se seguiu ao anúncio da vitória do Presidente Uhuru Kenyatta, com 54,27% dos votos, sucede-se o receio dos efeitos da repetição das eleições no Quénia, o maior produtor mundial de chá e um centro regional de grandes empresas, como a Google Inc. e a Coca Cola.
"A decisão deixa as autoridades com pouco tempo para melhorar ou reformar a comissão de eleições", adverte John Ashbourne, economista da África Capital Economics, com sede em Londres. O analista teme que, neste cenário de desconfiança, qualquer dúvida no resultado possa servir de catalisador de um recrudescer da violência, comprometendo o turismo, um dos sectores que tradicionalmente mais receitas gera, seguido da produção de flores, chá e café.

(Leia o artigo na integra na edição 438 do Expansão, de sexta-feira 08 de Setembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)