Marceneiros 'resistem' às novas tendências com preços mais baixos
Cada vez em menor número, os marceneiros angolanos apostam na qualidade dos produtos a um preço mais baixo que o mobiliário importado, que chega a custar dez vezes mais. Muitas vezes, a solução passa por replicar os modelos estrangeiros que os clientes lhes encomendam.
A marcenaria é hoje uma das profissões antigas que ainda resistem no mercado nacional e, apesar de serem cada vez em menor número, na cidade de Luanda, aliam a arte ancestral de uma profissão com as novas tendências que chegam ao País, através das mobílias importadas. Além do tradicional mobiliário, hoje em dia, é comum replicarem, a pedido dos clientes, mobílias modernas e por vezes exóticas que aparecem nos catálogos dos grandes armazéns. Nestes casos, prevalece o preço reduzido e a qualidade da madeira angolana.
Francisco Panzo, proprietário de uma oficina em Luanda, disse ao Expansão que muitos clientes valorizam o produto nacional, particularmente nas camadas mais jovens. "Por exemplo: os chineses trabalham com mais máquinas e maiores do que as nossas, mas, ainda assim, as nossas mobílias são mais resistentes do que as importadas, porque nós trabalhamos com madeira nacional, que é de qualidade", destacou. Marceneiro há 14 anos, Panzo conta que, na sua oficina, localizada no Talatona, o preço do metro quadrado de um armário de cozinha custa 75 mil Kz, uma cama de casal ronda os 100 mil Kz e os bancos custam 10 mil Kz.
A sua oficina produz desde camas, armários de cozinha (dos artigos mais vendidos), mesas, cadeiras e portas. A produção das mobílias demora entre uma semana e um mês.
(Leia o artigo na integra na edição 440 o Expansão, de sexta-feira 22 de Setembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)