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Grande Entrevista

"Diversificação económica de Angola vai atrair investidores portugueses"

Grande Entrevista

Em respostas por escrito ao Expansão, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal - Angola enaltece os esforços do País em melhorar o ambiente de negócios e considera que o processo de diversificação económica que está em curso em Angola será o ponto de viragem na atracção dos investidores portugueses.

O Doing Business 2018 saiu esta semana e remete novamente Angola para a cauda da lista de países com o pior ambiente de negócios do mundo. Quais são as principais dificuldades que os empresários e investidores portugueses costumam encontrar ao investir em Angola?
As principais dificuldades que os empresários portugueses referenciam, actualmente, aos seus investimentos em Angola não são idênticas às que identificavam, por exemplo, há 10 anos. Vamos começar pelo início de uma decisão de investimento: ida a Angola para conhecer o país, explorar oportunidades e encontrar e conhecer parceiros. A concessão dos vistos de entrada em Angola é um exemplo em que se verificaram significativos progressos: desde que sejam cumpridas as formalidades estipuladas pelos Consulados Gerais de Angola em Portugal para a emissão das diversas tipologias de vistos, estes são emitidos sem problemas e em tempo útil.


O que é que um empresário tem que ter em consideração para investir num país como Angola? Em que é que baseia essa intenção de investimento?
Quanto à decisão de investimento propriamente dita, é necessário ter em conta que existem dificuldades quase estruturais cuja resolução depende em muito da evolução da economia angolana e da implementação e consolidação da política de diversificação económica. Com sinais de melhorias na economia, os investidores irão identificar mais oportunidades, a estratégia de diversificação vai tornar Angola muito atractiva em diversos sectores, desde os tradicionais a novos nichos de mercado [como são a] construção, reabilitação e ampliação de infra-estruturas (nomeadamente quando ligadas à produção e distribuição de energia eléctrica: a construção e reconstrução de barragens e a ampliação da capacidade de muitas outras são condições chave para o funcionamento e desenvolvimento da indústria angolana em todo o território). [Mas também] o acesso a água para utilização industrial, a cobertura de todo o território pelas redes de telecomunicações, a qualificação de mão-de-obra nacional, abundante e receptiva à formação técnico-profissional, que deverá contribuir para a substituição dos trabalhadores expatriados.

(Leia o artigo na integra na edição 446 do Expansão, de sexta-feira 03 de Novembro de 2017, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)