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Angola

Porque os passes sociais de transportes não funcionariam na actual realidade de Luanda

Mobilidade na Área Metropolitana de Luanda

A proposta apresentada pelo Instituto de Preços e Concorrência (IPREC) sobre os passes diários, semanais e mensais de transportes não tem nada de novo, a não ser terem apresentado um preço. A questão dos diversos tipos de passe para a utilização na rede de transporte público da Área Metropolitana de Luanda (AML), já há muito foi pensada e estudada, pelos órgãos que tutelam este sector.

Contudo, temos é de pensar que rede de transportes tem a AML e com que modos de transporte pode contar, para além de se ter de definir que tipo de oferta, horários, frequências e que facilidade nas transferências intermodais.
A implementação de um passe de transporte, seja em qualquer das suas formas, diária, semanal ou mensal, está directamente relacionada, com a rede de oferta e a garantia que o utilizador tem de, ao pagar antecipadamente, ter o transporte disponível quando necessita, que não é caso de Luanda.
Ou seja, o caso da AML é o de termos, ainda, problemas básicos por resolver e, portanto, o que se está a apresentar, metaforicamente falando, é querer ter um software de última geração a funcionar num hardware da década de 80 do século passado.
Situações básicas a resolver:
1 Melhorar as vias secundárias e terciárias da AML, de modo a que os autocarros possam melhorar a sua oferta em termos mais capilares da cidade;
2 De acordo com a rede, já há muito estudada, e com a introdução das alterações necessárias face à expansão da cidade (novas centralidades), refazer as rotas e colocar abrigos (paragens) bem identificadas, quer em termos de rotas e de horários. Hoje em dia, numa qualquer paragem, um utilizador não sabe que rotas passam, horários e qual a frequência das mesmas;

*Especialista em transportes

(Leia o artigo na integra na edição 457 do Expansão, de sexta-feira 26 de Janeiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)