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Opinião

A actual Política Cambial do BNA - Porque não sofrer de uma só vez

Francisco Paulo

A mudança do regime cambial está a gerar muitas tensões e incertezas. Francamente não percebo se o novo regime está mais para flutuante ou para o "fixo" já que nos leilões parece ser o BNA a determinar o preço máximo que deve ser oferecido pelos bancos comerciais, não havendo, portanto, liberdade de oferecer o preço máximo de reserva de cada um dos proponentes (a não ser que de liberdade de actuação dos mecanismos de mercado tenha um entendimento à angolana).
A estabilidade do mercado cambial depende em grande parte da taxa de câmbio de equilibro (oferta e procura de moeda externa). O mercado informal é consequência de o sistema bancário estar a praticar uma taxa de câmbio inferior à de equilíbrio. O Banco Nacional deveria diminuir rapidamente o gap entre a taxa de câmbio informal e a formal (muito acima dos 110%), tendo em conta as taxas determinadas no último leilão do dia 23 de Janeiro de 2018.
O BNA deveria permitir que os bancos comerciais apresentassem livremente o preço que estão dispostos a dar por cada unidade monetária estrangeira a ser leiloada e, por meio deste exercício, determinar, em função das ofertas de cada banco participante, o preço de reserva dos bancos comerciais, isto é a taxa de câmbio máxima pela qual estão dispostos a comprar moeda estrangeira.

(Leia o artigo na integra na edição 458 do Expansão, de sexta-feira 02 de Fevereiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)