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Opinião

A crise na educação e as narrativas inconsistentes

Ideias & Visões

O ano lectivo 2018 começou com inúmeros problemas ligados à gestão das escolares do Ensino Geral. A crise económica abalou todos os sectores e afundou ainda mais a educação.
As escolas públicas viram-se ainda mais acossadas e, miseráveis, algumas direcções viram no início do ano lectivo uma oportunidade para angariar alguns tostões para a gestão interna. O grito dos pais e encarregados de educação não se fez esperar. Mas esta zoeira que vimos notando ao longo dos anos mostra-nos que insistimos nos mesmos erros e não queremos corrigir nada do que está mal.
As narrativas oficiais inconsistentes provam isso mesmo. E o que irrita e intriga ainda mais, qualquer angolano de bom senso, é a insistência na repetição dos mesmos discursos, todos os anos. Parece que não se vislumbram outras possibilidades para sairmos dessa rotina, dessa ausência de iniciativas mais racionais.
Mais uma vez, o início do presente ano lectivo mostrou que estamos na contramão do que almejamos, ao menos do que sonhávamos a partir de Setembro de 2017. A educação continua a viver um momento pavoroso.
A entrada em funções do novo Governo trouxe alentos, anestesiou a sociedade e quase a levou ao coma induzido, de tanto enlevo pelos primeiros actos. Mas, o período de graça começa a esvair-se e a sociedade refaz-se das ilusões, com o tempo. E há cada vez mais fortes indícios que demonstram que não vale a pena alimentar tantas esperanças assim.

(Leia o artigo na integra na edição 461 do Expansão, de sexta-feira 23 de Fevereiro de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)