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Mercado automóvel afunda 90% em quatro anos e acumula dívidas de quase 300 milhões USD

Sector Automóvel

Concessionárias travam uma batalha com a crise para manter as portas abertas. Despedimento de trabalhadores, ruptura de stocks e dívidas de quase 300 milhões USD ao estrangeiro formam o saldo do sector em 2017, ano em que foram vendidas pouco mais de 4.000 viaturas novas. E as previsões para 2018 não são animadoras...

Meia dúzia de carros nos stands para exposição é o sinal mais visível da crise no sector automóvel, que sofreu uma quebra de 90% nas vendas de viaturas desde o início da crise em 2014. Se há quatro anos era frequente ver viaturas novas um pouco por todo o País, actualmente o sector atravessa grandes dificuldades não só para vender carros novos, mas também para obter divisas para a reposição de stocks.
De acordo com a Associação dos Concessionários de Equipamentos de Transportes Rodoviários (ACETRO), em 2014 foram vendidos 44.536 veículos novos e, apesar de ser tido como o ano do início da crise, apenas em 2015 se começaram a sentir os efeitos na venda de viaturas novas, com uma quebra de 54%. Daquele ano para cá, o cenário piorou, pois em 2017 apenas foram vendidos 4.298 carros. No espaço de quatro anos, houve uma quebra de 90% na comercialização de viaturas novas. Hoje, na cidade de Luanda, muitos stands estão praticamente vazios, ou têm em exposição apenas meia dúzia de carros.
As concessionárias apontam a escassez de divisas para a importação de viaturas novas como o principal motivo do mau momento que sector vive. Dizem também que os angolanos não têm a mesma capacidade financeira para adquirir carros novos, que hoje chegam a custar o dobro dos preços praticados há quatro anos. É o caso, por exemplo, da gama mais baixa do Kia Picanto, a gasolina.

(Leia o artigo na integra na edição 465 do Expansão, de sexta-feira 23 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)