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Grande Entrevista

"Sentimos dolorosamente que a AGT está a apertar o cerco às empresas"

Francisco Viana, Confederação Empresarial de Luanda

O presidente da CEA reconhece as dificuldades que as pequenas empresas atravessam, muitas vezes por o Estado ser mau pagador. Francisco Viana defende que o País tem que dar o próximo passo e que é hora de Eduardo dos Santos sair da vida política activa.

A Confederação Empresarial de Angola (CEA) enviou uma carta aberta ao Presidente da República. Qual é o conteúdo?
Estamos a chamar a atenção ao Executivo no sentido de promover um diálogo inclusivo com os empresários para criar um espaço para definir as políticas empresariais.


A CEA acha que há grupos empresariais favorecidos?
Estamos a sentir que o Governo, em termos de conteúdos, prefere falar com o empresariado de forma separada, uma situação que pensamos ser prejudicial à sobrevivência de muitas empresas. É uma técnica de dividir para reinar, sob patrocínio de entidades políticas.


O que é que a CEA defende nesse sentido?
Penso que o Estado deve informar-se para saber quem na verdade está a trabalhar e paga impostos. Como associação devemos procurar trabalhar em conjunto. Somos a confederação com mais associações empresariais em todo o País. Não estou contra o associativismo empresarial, mas proponho mais diálogo e que não haja favorecimentos. Porque assim exerceríamos mais pressão sobre os actores políticos. O jogo de interesses é evidente porque há associações que se movimentam mais e outras não.


Na carta enviada a semana passada a João Lourenço a confederação pede uma amnistia fiscal...
Sentimos dolorosamente que a AGT está a apertar o cerco às empresas. O que acontece é que durante muitos anos o País viveu praticamente do petróleo e agora o Estado vê que este produto já não está a dar mais, então são as empresas que sofrem com o fisco. Enquanto o Estado tinha dinheiro do petróleo para esbanjar e gastando opulentamente nunca se preocupou com a cobrança de impostos.

(Leia o artigo na integra na edição 465 do Expansão, de sexta-feira 23 de Março de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)