Produção industrial em Angola está em recessão pelo segundo ano consecutivo
A captação, tratamento e distribuição de água foi o subsector que mais cresceu em 2017, seguindo-se a indústria transformadora. Por outro lado, a indústria extractiva, onde os diamantes e o petróleo são reis, está em queda desde 2016, obtendo, no ano passado, a maior queda desde que há registo.
A produção industrial em Angola está em recessão há dois anos, com a indústria extractiva (diamantes e petróleo) a ser a mais afectada pela crise, revela o Índice de Produção Industrial (IPI), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Este índice avalia a variação da produção de quatro sectores, nomeadamente as indústrias extractiva, transformadora, distribuição de electricidade e captação e distribuição de água.
De acordo com cálculos do Expansão, com base nos dados divulgados pelo INE, é preciso recuar a Dezembro de 2015, quando o indicador se fixou nos 6,7%, para encontrar um desempenho positivo do sector produtivo.
Em finais de 2016, a variação do indicador fixou-se negativamente nos 2,7%, enquanto em Dezembro último a produção industrial "batia" 5,2% negativos, uma queda de 2,5 pontos percentuais.
A queda do indicador, de acordo com os economistas e gestores empresários, é consequência da crise cambial e da instabilidade do mercado de consumo que já se arrasta há três anos. Acresce-se também a redução de investimentos, perspectivando-se, desde já, um cenário pouco animador para o sector produtivo caso não se verifique uma melhoria do ambiente de negócios do País. Mas não só, defendem também mais mais incentivos às iniciativas empresariais.
(Leia o artigo na integra na edição 469 do Expansão, de sexta-feira 20 de Abril de 2018, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)